Para Profissionais

A gagueira pode afetar diretamente as perspectivas de carreira de uma pessoa, dependendo do nível de severidade do distúrbio. Para quem gagueja, ser contratado para uma vaga de emprego pode ser um grande desafio, já que entrevistas geralmente requerem forte capacidade de comunicação verbal para expressar idéias, explicar experiências de trabalho e convencer os entrevistadores de que o candidato preenche todos os requisitos necessários para o cargo.

Atualmente, que o processo inicial de recrutamento é cada vez mais conduzido por telefone ou conduzida por vídeo, as entrevistas de emprego estão tornando-se ainda mais desafiantes para quem tem disfluência. Esta pressão extra pode interferir ainda mais na capacidade de uma pessoa falar fluentemente e, assim, limitar indivíduos qualificados do desempenho eficaz.

O que a maioria dos empregadores demora para reconhecer é que, apesar dos desafios da fala, muitas pessoas que gaguejam têm grandes capacidades de comunicação e nas relações interpessoais. Podem efetivamente desempenhar um vasto leque de postos de trabalho, incluindo os que exigem lidar com o público. Além disso, os indivíduos com disfluência tendencialmente desenvolvem maior empatia e sensibilidade às necessidades dos outros, pois aprendem desde cedo a enfrentar desafios e discriminação. Além disso, devido às dificuldades que enfrentam na área da comunicação, acabam desenvolvendo habilidades como resiliência, flexibilidade, adaptabilidade e costumam ser bons ouvintes, o que pode ser de grande valia dentro do local de trabalho. Além disso, as pessoas que gaguejam tendem a ser colaboradores dedicados que trabalham ainda mais para compensar a sua disfluência.

A gagueira pode afetar diretamente as escolhas acadêmicas e as perspectivas de carreira de uma pessoa. Por exemplo, as pessoas que gaguejam normalmente evitam carreiras no âmbito das comunicações, como o jornalismo ou o marketing, uma vez que estas exigiriam fluência e confiança na fala.

Pessoas que gaguejam são muitas vezes percebidas – incorretamente – como nervosas, tímidas e inseguras. Estes estereótipos impedem frequentemente que pessoas gagas sejam contratadas ou promovidas a cargos mais altos. Essa percepção negativa faz com que muitos candidatos a uma vaga ou funcionários escondam sua condição de disfluência por medo de perderem o emprego ou de serem considerados impróprios para um papel específico.

Esconder a disfluência não só coloca o profissional sob enorme stress, como também diminui a possibilidade de obter o devido apoio no local de trabalho. Devido à falta de compreensão, muitos empregadores não sabem como apoiar os funcionários que gaguejam. Conscientizar e falar sobre o assunto abertamente pode ajudar a dissipar estereótipos, criar um local de trabalho inclusivo e promover melhores oportunidades de carreira para quem tem distúrbio da fala.

Em suma, os indivíduos que gaguejam têm valiosas habilidades e talentos e merecem as mesmas oportunidades que pessoas fluentes. Gagueira não tem qualquer relação com as capacidades intelectuais de uma pessoa, por isso, seria incabível julgar candidatos ou funcionários apenas pela fluência na fala.

Se você gagueja e sente que uma entrevista presencial lhe permitirá expressar-se melhor do que por telefone, tente fazer a solicitação. Mencionar que você possui uma dificuldade na fala no início da entrevista  pode aliviar a tensão de tentar esconder o distúrbio, mas essa é uma decisão pessoal. Vale a pena se informar com antecedência sobre a política da empresa e os requerimentos do cargo pelo qual você foi chamado pra entrevista.

Se você já está empregado, falar sobre o seu impedimento na fala pode ajudar o seu empregador a compreender as suas necessidades, ajudá-lo a atingir seu potencial e a alcançar seus objetivos profissionais.

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